terça-feira, fevereiro 28, 2006

Tudo bêbado no tribunal.

Ou então em Portugal a liberdade de expressão, incluindo a independêcia dos jornais, não vale nada.

Não è de estranhar, vistas as posições adoptadas pelo governo no caso das caricaturas do Maomé.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Um desastre diplomático.

Embaixador do irão elogia trabalho de Freitas do Amaral.

"Quem semeia ventos colhe tempestades"

-Freitas! Senta! Rebola! Al-cãozinho al-bonito! Quantos anos seriam precisos para matar 6.000.000 Judeus? Diz quinze!Diz quinze!Diz quinze!Diz quinze! (Está quase a aprender.)

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Falando de frouxos...

Foi interessante, um telejornal que vi recentemente. Em Évora o Presidente da república, num discurso durante o doutoramento 'honoris causa' de um descendente de Maomé, dizia que os recentes acontecimentos não justificavam de forma alguma que se devesse limitar a liberdade de expressão . O galardoado ouviu e comeu, apesar de no seu discurso dizer que estava ofendido e blá blá e que os jornalistas eram ignorantes e blá blá, como não haviam embaixadas por perto não fez mais nada que falar.Entretanto, à saida do evento, o douto Ministro dos Negócios Estrangeiros mais uma vez reiterava que se devia fazer uma fogueira com as constituições dos países europeus e que de seguida nos devíamos render ao Irão...ou à indonésia (sim, aqueles que gostam de fazer genocídios em Timor-leste).
Nunca fui muito com a cara do Sampaio, creio que ele seja um frouxo e até pusilânime, mas foi interessante comparar a atitude do Presidente com a do outro. O Sampaio, contra a natureza dele, disse o que tem que ser dito, mesmo estando na festa lá do tatara-taratara-neto da besta (leia-se profeta). E o Ministro dos Negócios Estrangeiros? È assim que ele defende os interesses do país? Se for, então quero que me devolvam os impostos que paguei este ano.
C'um raio! Até o Cardeal Patriarca de Lisboa teve um discurso mais apologista das liberdades quando disse que já se tinha ofendido com caricaturas mas que não era costume europeu andar à porrada por causa disso. G’anda Policarpo a mandar bocas como quem não quer nada.

Entretanto, fora do nosso pequeno burgo, são os amiguinhos da extrema-direita dinamarquesa que se fartam de rir.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Ofensivo!

A ofensa, tal como todo o resto, è relativa.
Esta caricatura criada por J.J. demonstra bem o que se está a passar. Demonstra como muitas vezes, certos que temos a razão do nosso lado, nos portamos como javardos.
Talvez seja esse o maior perigo, e também a sua maior vantagem, das religiões ocidentais: o dar a certeza de ter razão aos seus fiéis.

Enfim, uma boa lição de vida, da próxima vez que me zangar com alguém, certo de ter razão, vou respirar fundo e tentar não me portar como os amigos que estão a queimar embaixadas por esse mundo fora. Sei lá se è mais ofensivo queimar uma embaixada ou desenhar um profeta...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Liberdade de expressão

Não percebo porque è um barco cheio de corsários sírios largou ferros ao largo da minha ilha e está a catapultar projecteis de fogo-grego contra as minhas ovelhas. Tudo o que eu fiz foi desenhar uma caricatura de Maomé. Será que chegamos a um ponto em que não podemos escrever ou desenhar ou compor musica sem que um parvo na outra ponta do mundo se ofenda connosco? È muito triste.

E triste è quando o expansionismo neoliberal cria nações fantoche em regiões islâmicas e ninguém diz nada, enquanto quando um pobre coitado faz um desenho e publica-o para ganhar a vida já toda a gente queima bandeiras e faz manifestações.

Outra coisa: Se eu è que fiz o desenho porque è que o raio dos corsários sírios atiram fogo grego contras as minhas ovelhas e não contra mim?

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Globalização da política

Não sei porque passo tanto tempo a pensar na politica interna de países estrangeiros. Não sei se è por ser um dos nossos maiores parceiros económicos, se è por ser o nosso principal aliado militar, ou se è por ser o país mais influente no mundo.

Talvez eu apenas esteja a cair vítima da propaganda comuna, esses malandros que têm tanto medo de ver os países deles se tornarem ditaduras fascistas.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Gandhi Alma

Hoje atracou uma canoa cá na praia. Um colega meu, um babilónico da escola Zoroàstica, procurava uma ilha para ele. Convidei-o a passar partilhar o jantar comigo e expliquei-lhe que era eu era um Cínico fugido de um país europeu do séc. XX. Grave erro! Levei nas orelhas a noite toda, o que ele me disse em síntese è que o ser humano não è mau por natureza e, pelo contrário, luta como soldado ao lado forças do bem. Eu rapidamente lhe percebi a jogada e pontapeei-o com grave dano até à praia antes que ele demonstrasse que tinha mais direito à ilha do que eu.

Enquanto massajava o dedo do pé meditei nas palavras dele. Não concordo totalmente que o ser humano seja bom por natureza mas ele de vez em quanto aparecem seres humanos que "tiram o pecado do mundo" (não, não comento esse gajo). Houve um Indiano que há uns anos disse coisas que ainda não entraram na cabeça de muita gente:

"What difference does it make to the dead, the orphans, and the homeless, whether the mad destruction is wrought under the name of totalitarianism or the holy name of liberty and democracy?"

"An eye for an eye makes the whole world blind".

"There are many causes that I am prepared to die for but no causes that I am prepared to kill for"

Esse sim è que se aparecesse cá na ilha tinha todo o direito de ficar com ela.