sexta-feira, setembro 01, 2006

Ponto da situação

Como já devem ter reparado este blog esteve parado por umas semanas a mais que o normal. No caso do Sr. Tobias foi apenas um caso de tráfico de influências em que se viu envolvido. Coitadinho, já è o terceiro este ano, graças a deus ele safa-se sempre porque è bom amigo do juiz da comarca.

O meu caso foi mais complicado. Estava eu um dia na minha ilhota saltitando para apanhar um cacho de uvas que tinha nascido alto demais quando foi interrompido por um ruído ao longe. Deparei-me com uma cena macabra. Pedras estavam a cair do céu em cima da minha hortinha de couves, em cima das minhas cabrinhas, até o galinheiro tinha sido destruído. Quem faria tamanho mal a um pobre eremita perguntei eu aos deuses. Os deuses nunca me respondem. Felizmente na ilha ao lado vive uma sibila, que eu visito regularmente para... enfim, ela até è gira.

Não custou nada descobrir o que estava a acontecer. Bandidos sarracenos, financiados por um poderoso sátrapa persa, tinham construído várias catapultas junto à costa fenícia e estavam a bombardear a minha ilha. Fiquei também a saber que foi por engano, quem eles queriam realmente atingir era uma nação obscura composta por doze tribos. Com efeito no outro dia já tinham corrigido o ângulo de tiro e pude voltar para a minha ilha, tirar os projécteis de cima das couves e desobstruir a entrada da gruta. Trabalho para meses.

Recentemente um mercante de passagem, em troca de uns barris de água fresca, contou-me o que acontecera.
As tribos, chamam-se Izrael ou coisa que os valha, retaliaram. Apoiados por um poderoso império dos lados da Atlântida Izrael invadiu a fenícia e puxou fogo a tudo, matou centenas de fenícios queimou quase todos os templos, pontes e searas. Até conseguiram partir uma unha de um dos bandidos! No meio do calor do combate nem se sabe se as catapultas foram todas destruídas. Todos os Izraelitas estavam todos muito ocupados a matar fenícios. Bem, agora a cidade de Tiro tem paredes a condizer com o nome.
Entretanto os impérios das redondezas puseram fim à festa. Depois de muita deliberação e de darem muito tempo aos izraelitas chegou-se a uma solução.

Catorze mil etruscos estão a caminho da fenícia, mais tarde juntarse-ão outros tantos gauleses. Tal deve-se ao facto que a fenícia nunca conseguiu colocar um soldado em campo durante toda a sua história. Considerou-se boa ideia encher o país de guerreiros povos tão promíscuos como os gauleses ou os etruscos com a esperança de que fiquem alguns genes de violência naquele povo para o futuro. Entretanto nem os sarracenos nem os izraelitas devem sair da Fenícia. As tropas de interposição vão ficar com a tarefa de, ao ver uma casa a ser queimada ou uma catapulta disparada, saltarem muito alto e berrar enquanto apontam nessa direcção. Nada de interferir directamente.
Também não se sabe quem ficará a comandar as tropas de paz, pensar-se-á nisso num futuro próximo, provável mete nem terão comando central. Alexandre Magno recentemente disse “Não temo um exercito de leões se for comandado por uma ovelha, receio sim um exército de cordeiros comandado por um leão".

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Excelente blog. Riquesa de conteúdos, humor, e profundidade. Linkei-o.

quarta-feira, 13 setembro, 2006  
Blogger JG said...

Palavras assim, vindas de alguém cuja bandeira è o Lana Caprina, honram-nos.

quarta-feira, 13 setembro, 2006  

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