Considerações acerca da consideração.
Tenho que dizer que fiquei especialmente desiludido com o que vi acontecer hoje. Mais uma vez a classe política me desiludiu. Ok, è na boa, eles fazem isso a toda a gente e toda a hora, dizeis vós. Sim, mas neste caso foi pior, porque não foram nem os corruptos do PS nem os mãozinhas do PSD nem os irritantes CDS que me desiludiram, esses já eu estou acostumado. O que aconteceu hoje que me deixou pasmado foi, depois do discurso de tomada de posse de um Presidente da República, duas bancadas políticas ficaram silenciosas, meditando no seu azedume, enquanto o resto da assembleia aplaudia.
Compreendo que o cidadão Cavaco Silva seja uma personagem fácil de odiar: alto, magro e com cara de coveiro, sempre a falar de coisas chatas. Mas lá no púlpitozito da assembleia não era o cidadão Cavaco Silva que discursava, discursava o chefe de estado, um homem que recebeu o voto de metade dos portugueses. Se o discurso não era a seu gosto comentassem o que acharam bem e mal no fim (aliás como todos fizeram) mas depois de prestar respeitos ao seu novo "chefe". Afinal os deputados fazem parte do *estado* antes de fazerem parte dos partidos políticos, numa república representativa os partidos não competem com o estado.
O Bloco de Esquerda, o Partido Comunista, e Os Verdes portaram-se mal, já è suficientemente mau quando nas sessões ordinárias apenas se aplaude as intervenções do próprio partido, como mulas de visão estreita, politicozitos de um paiszito de larápios. Até compreendo a atitude dessas duas bancadas, (da mesma forma que Freitas do Amaral compreende multidões enfurecidas que queimam edifícios), os seus líderes de partidários, noutro acto vergonhoso, concorreram às presidenciais e apesar de à partida saberem que nunca ganhariam, mesmo assim ficaram com mau perder. Mas não falemos de mau perder, senão eu tinha que falar do senhor Soares que compareceu à tomada de posse e se retirou como um criminoso, de cabeça baixa sem cumprimentar o novo Presidente.
È na derrota que melhor sobressai a nobreza. E Manuel Alegre mostrou nobreza onde Louçã e Jerónimo mostraram vilaneza, arrependi-me de não ter votado nele. Daqui a cinco anos vou ter que reparar o erro.
Compreendo que o cidadão Cavaco Silva seja uma personagem fácil de odiar: alto, magro e com cara de coveiro, sempre a falar de coisas chatas. Mas lá no púlpitozito da assembleia não era o cidadão Cavaco Silva que discursava, discursava o chefe de estado, um homem que recebeu o voto de metade dos portugueses. Se o discurso não era a seu gosto comentassem o que acharam bem e mal no fim (aliás como todos fizeram) mas depois de prestar respeitos ao seu novo "chefe". Afinal os deputados fazem parte do *estado* antes de fazerem parte dos partidos políticos, numa república representativa os partidos não competem com o estado.
O Bloco de Esquerda, o Partido Comunista, e Os Verdes portaram-se mal, já è suficientemente mau quando nas sessões ordinárias apenas se aplaude as intervenções do próprio partido, como mulas de visão estreita, politicozitos de um paiszito de larápios. Até compreendo a atitude dessas duas bancadas, (da mesma forma que Freitas do Amaral compreende multidões enfurecidas que queimam edifícios), os seus líderes de partidários, noutro acto vergonhoso, concorreram às presidenciais e apesar de à partida saberem que nunca ganhariam, mesmo assim ficaram com mau perder. Mas não falemos de mau perder, senão eu tinha que falar do senhor Soares que compareceu à tomada de posse e se retirou como um criminoso, de cabeça baixa sem cumprimentar o novo Presidente.
È na derrota que melhor sobressai a nobreza. E Manuel Alegre mostrou nobreza onde Louçã e Jerónimo mostraram vilaneza, arrependi-me de não ter votado nele. Daqui a cinco anos vou ter que reparar o erro.